segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Nas ruas, nas escolas, no trabalho, na cidade: Ocupar as Direções Municipais!!!

Nós, da tese Avante! avaliamos que um dos avanços centrais na mudança do formato foi o estímulo à criação de instância da JPT por todos os município do Brasil, bem como a sua participação como forma de eleger as direções estaduais e municipais.

A perspectiva de uma Juventude militante exige presença no cotidiano, e não só em momentos de congresso e eleições. E isso, só pode ser feito a partir do lugar onde as pessoas moram, estudam, trabalham, se divertem, vivem. O antigo formato setorial ficava apenas nas dimensões macroestruturais, o que por concepção, gera espaços que apenas quadros partidários participam.
No Congresso passado defendemos inclusive, que casado à proliferação de secretarias municipais deveria haver uma proliferação de núcleos de base. Contudo, passados quatro anos de gestão, percebemos que constituir e manter viva no cotidiano, a Secretaria Municipal, constitui-se ainda no desafio prioritário.

Acreditamos que sem capacidade de dar um salto organizativo na base, a JPT permanece em essência ainda vinculada a uma lógica setorial e limitada em sua ação. Por isso, propomos um conjunto de ações para a próxima gestão, que tem por fim estimular a criação, continuidade e fortalecimento das instâncias municipais:
  • Campanhas Públicas: disputar valores na juventude!
Para nós, uma “campanha” é o estabelecimento de uma linha política prioritária em torno do qual queremos gerar mobilização social. Não basta apenas produzir e distribuir de material gráfico (cartazes, praguinhas) em cima de uma palavra de ordem, sem nenhuma ação de mobilização associada.

As campanhas da JPT têm que ter como objetivo estimular a mobilização na base, a partir de uma diretriz política comum para toa a militância petista. Para isso devem ter metas de atividades em todas as regiões do Brasil (debates, panfletagens, intervenções artísticas), dias unificados de mobilização e combinados com uma ampla divulgação pelas redes sociais, internet, rádio e outros meios de comunicação disponíveis.

As campanhas devem estar articuladas com os temas da conjuntura e com o conjunto de agendas colocado para os movimentos juvenis. Assim, as campanhas públicas cumprem uma dupla função: mobilizar, organizar e formar os jovens filiados para serem uma juventude petista militante e atenta para os debates da atualidade; e, disputar os valores do conjunto da juventude brasileira.

Hoje, vivemos um momento de ampla mobilização em todo o Brasil proporcionado pela II Conferência Nacional de Juventude. Em todos os municípios jovens de diversas origens e matizes ideológicos discutem os direitos da juventude: o direito à experimentação, ao trabalho, a sexualidade e ao próprio corpo, a uma vida segura, ou seja, temas articulados com legalização do aborto, a violência policial, a legalização das drogas entre outros.

A partir disso, apresentamos como proposta que a JPT saia do seu II Congresso com uma campanha nacional já engatilhada, trabalhando os temas acima dentro de um mote geral: JPT pelo “Direitos da Juventude”!


Também defendemos que se transforme em uma prática contínua as campanhas periódicas próximas do período eleitoral, pelo Voto aos 16 e pela filiação ao Partido dos Trabalhadores, a partir de uma identidade com nosso projeto político partidário. Essa ação foi muito bem sucedida na gestão anterior.
  • Plenária Nacional de Direções Municipais da JPT
A exemplo do que são os encontros de entidades de base nos movimentos estudantil e sindical, realizar um encontro nacional das direções municipais é uma forma de simultaneamente: mapear a sua abrangência e seu funcionamento; identificar as principais dificuldades e prestar ações de apoio; e talvez o mais importante, dar voz, visibilidade e poder político à Secretaria Municipal.

A Plenária Nacional de Direções Municipais da JPT poderia estar articulada com um processo nacional sobre o qual a JPT deve formular uma opinião, como por exemplo, as eleições municipais ou o processo de Conferência de Juventude.

O central é que ela deve debater pautas políticas concretas e não meramente a organização interna da JPT, pois isso levaria a um esvaziamento e burocratização do seu sentido.
  • Mapeamento e ações de apoio às Direções Municipais
Independente de realização da Plenária Nacional, a JPT deve ter um cadastro organizado sobre as direções municipais. Hoje, desconhece-se por completo quantas são os municípios onde a JPT está organizada ou sequer onde foi realizado de fato congresso.

Mais, pelas comissões municipais inscritas, verifica-se que são muitos os locais onde ocorreu congresso, mas que isso não resultou em uma direção de juventude de fato. É fundamental que a Direção nacional saiba onde estão e quem são os militantes jovens petistas. Mais do que isso, a nacional tem que estimular e apoiar por meio da confecção de cartilha, de canais de comunicação com os municípios e dos mecanismos acima elencados de campanhas públicas e da plenária nacional de direções municipais.

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